10 de Setembro de2024


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NOTÍCIAS Quinta-feira, 08 de Agosto de 2024, 09:58 - A | A

Quinta-feira, 08 de Agosto de 2024, 09h:58 - A | A

SAÚDE

Seca severa faz com que procura por atendimento de saúde cresça

Primavera do Leste está entre as cidades afetadas pelas altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar

Jaqueline Hatamoto

Primavera do Leste está entre os 99 municípios do estado que enfrentam uma seca severa ou extrema entre os meses de abril, maio e junho. As informações foram divulgadas recentemente no Boletim Mensal de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geo-Climático em Atividades Estratégicas para o Brasil, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A tendência é que a condição climática se estenda até o final de agosto.

Além de Primavera do Leste, as demais cidades afetadas pela seca severa no estado são Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Juína, Juara, Campo Novo do Parecis, Campo Verde e Querência.

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Já os municípios que enfrentaram seca extrema incluem Apiacás, Confresa, Cotriguaçu, Nova Santa Helena, Nova Ubiratã, São José do Xingu, Santa Cruz do Xingu e Nova Maringá.

A previsão sazonal para o trimestre de julho a setembro aponta que as condições de seca devem persistir em toda a região Centro-Oeste, com vazões dos rios abaixo da média climatológica. A previsão também inclui intensificação da seca nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, com condições de seca extrema em áreas pontuais de Mato Grosso.

O documento destaca que estações de medição fluviométrica no Pantanal registram uma condição excepcional de seca hidrológica este ano. Em resposta, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou, em 14 de maio deste ano, uma situação crítica de escassez quantitativa de recursos hídricos na região hidrográfica do Paraguai, válida até 31 de outubro de 2024, podendo ser prorrogada caso a escassez continue.

A ANA intensificou o monitoramento hidrológico da região, propondo medidas preventivas e de mitigação para proteger os múltiplos usos da água em rios de domínio federal.

O boletim enfatiza que a escassez hídrica na bacia do Paraguai pode ter impactos significativos no abastecimento de cidades como Cuiabá, em Mato Grosso, e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, além de afetar atividades essenciais como navegação, turismo, pesca e geração de energia.

 

Cuidados com a saúde devem ser redobrados

Sem chuvas há pelo menos 120 dias, os moradores da região de Primavera do Leste ainda sofrem com a baixa umidade relativa do ar. A Defesa Civil, tem emitido alertas diários, alertando sobre os índices da umidade, que tem ficado na casa dos 12%, considerado risco de saúde pública. Para piorar a situação, focos de incêndio têm sido registrados diariamente, tanto na área urbana, quanto rural, deixando a cidade de Primavera do Leste e região coberta por fumaça.

A busca por atendimento médico em unidades de saúde, em relação a casos ligados as condições climáticas, como ressecamento das mucosas das vias aéreas, olhos e garganta, o que facilita o surgimento de sintomas e doenças no trato respiratório. Também causa desidratação corporal, o que leva ao ressecamento da pele, dermatites e irritações.

O médico Thiago Luiz Veit Costa, explica que existem diversas medidas preventivas que preservam a nossa saúde e geram bem-estar, principalmente, quando o tempo está seco.

“Neste período de seca, acontece que as pessoas apresentam algumas doenças já bases que podem piorar. O que a gente pode dizer, além das doenças, como rinite e asmas, o clima favorece também alguns sintomas comuns, que é o sangramento nasal, secura na região da garganta e problemas respiratórios”, explicou o médico que atende no ESF 11, em Primavera do Leste.

Um outro cuidado que deve ser levado em consideração é quanto a umidificação de ambientes, que pode ser feita através de aparelhos de umidificadores, bem como com bacias de água ou tolhas úmidas.

“Vivemos em uma região que o calor é intenso. E por isso as pessoas tende a utilizar mais o ar condicionado, e o ar acaba ressecando o ambiente. Neste caso a orientação é sempre se manter hidratado, sempre cuidar para que este ambiente esteja umidificado, para evitar problemas”, explicou o médico.

Outro problema que ocorre bastante, quando a umidade relativa do ar está baixa, e as temperaturas estão elevadas e o tempo seco, são casos de sangramento nasal. Neste caso a primeira orientação é que a pessoa pressione o nariz, abra bica e tombe a cabeça para frente. E caso o sangramento não cesse em 5 minutos, que busque uma unidade de saúde.

“Ao contrário de que muita gente pensa, não se deve tombar a cabeça para trás. Em caso de sangramento nasal, deve ser feita uma pressão no nariz, com os dedos, abra a boca e tombe a cabeça sempre para frente, nunca para trás, pois tombando a cabeça para trás, corre o risco de aspirar o sangue e ele ir para pulmão, trazendo riscos”, explicou o médico.

Nesta época do ano os cuidados com a hidratação devem ser redobrados, principalmente com crianças que tendem a ser mais ativas.  E caso haja necessidade busque imediatamente o serviço de saúde. “Nestes casos [tempo seco], não existe um perfil especifico que pode ser mais afetado, toda a população pode ser afetada com a condição climática. Por isso a dica sempre é de se hidratar bem”.

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