16 de Setembro de2024


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NOTÍCIAS Quarta-feira, 04 de Setembro de 2024, 09:40 - A | A

Quarta-feira, 04 de Setembro de 2024, 09h:40 - A | A

EM CHAMAS

Setembro inicia com diversos incêndios em vegetação na região de Primavera do Leste

Em apenas dois dias, três grandes ocorrências foram registradas pelo Corpo de Bombeiros

Wellington Camuci

O mês de setembro começou não muito diferente do que já vinha acontecendo em agosto, uma grande onda de calor permanece atuando em várias partes do país. A falta de chuvas já dura mais de 60 dias, aliada ao forte calor e aos ventos, tem favorecido e muito com incêndios que têm prejudicado ainda mais a vida da população.

Apenas nos dois primeiros dias de setembro, o Corpo de Bombeiros de Primavera do Leste já teve que enfrentar três grandes incêndios, tanto no perímetro urbano, quanto nas proximidades da cidade. E não é difícil ver pequenas queimadas por todos os lados, o que tem deixado a cidade encoberta de fumaça.

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No dia 1º, dois dos três incêndios destruíram uma grande área de vegetação nativa em Áreas de Preservação Permanentes – APPs. Os incêndios foram registrados durante a tarde. Um deles, atingiu uma região de chácaras no distrito de Nova Poxoréu, região rural de Poxoréu.

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O combate ao incêndio foi realizado com uso de sopradores, realização de aceiros e combate direto. O incêndio atingiu várias chácaras e uma APP, consumindo uma área de aproximadamente 83 hectares de vegetação.

Quase que no mesmo horário, outra equipe do Corpo de Bombeiros se deslocou para combate a um incêndio no Ecoponto Tupã, local que recebe descarte e resíduos de construção. O fogo, além do aterro, atingiu uma APP que fica aos fundos do bairro Buritis V.

De acordo com a corporação, as equipes adentraram na área de vegetação e com uso sopradores, água da viatura e realização de aceiros, foi possível realizar o controle de uma das frentes do incêndio na APP. Mesmo assim, o incêndio destruiu cerca de 115 hectares de vegetação nativa.

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Já na tarde de segunda-feira (2), um incêndio causou um prejuízo estimado de R$ 300 mil a uma empresa de reciclagem. O combate ao fogo durou aproximadamente três horas e meia, sendo necessário o uso de cerca de 75 mil litros de água. Ainda não se sabe o que provocou o fogo e as causas estão sendo investigadas.

O incêndio de grandes proporções destruiu completamente um fardo de material reciclável, um reboque bitrem de uma carreta, uma prensa, duas estruturas de ônibus, além de diversas peças e ferramentas de oficina.

O fogo atingiu fardos de papéis para reciclagem, uma carreta e duas estruturas de ônibus utilizadas para armazenamento de peças diversas. Duas linhas de combate ao fogo foram montadas e, com o apoio de três caminhões-pipa, além da ajuda de funcionários e voluntários, o que foi imprescindível para o combate.

 

Fogo no estado

De acordo com o painel BDQueimadas do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, neste início de setembro, Mato Grosso já registrou 1.957 focos de incêndio, alguns deles atingem municípios da região de Primavera do Leste, como é o caso de Paranatinga que, segundo o gráfico, apresentou 60 focos de calor.

Além de Paranatinga, Poxoréu, Rondonópolis e Gaúcha do Norte, também aparecem no mapa de queimadas com 6, 6 e 5 focos, respectivamente. Neste período, Peixoto de Azevedo é a cidade com mais focos de incêndios, 140, seguida de Paranaíta, 119, e Apiacás, 117.

Em agosto, de 1º até o dia 31, Mato Grosso registrou 14.617 focos de incêndios, sendo Colniza a cidade que mais teve registro com 1.242 focos. Paranatinga também figura entre os municípios que mais queimou, durante o período foram registrados 290 focos na região. Primavera do Leste registrou no mês de agosto apenas sete focos de incêndios, um número relativamente baixo, porém tem sentido os efeitos das queimadas que acontecem nas cidades em volta.

 

Período proibitivo do fogo

O período proibitivo iniciou no dia 1º de julho e segue até 30 de novembro, conforme o Decreto nº 827/2024. O documento declara situação de emergência ambiental entre os meses de maio e novembro, o que possibilita a mobilização de esforços governamentais para a prevenção e combate aos incêndios e as contratações e aquisições necessárias ao período de alto risco de incêndios florestais.

Vale destacar que, em áreas urbanas, o uso de fogo é proibido durante todo o ano. Quem for flagrado colocando fogo, ou que seja descoberto como responsável pelo incêndio, seja em lixo, terrenos baldios ou até mesmo em área de mata, além de multa, poderá ser preso.

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