Estamos no início do mês de março, e 2020 parece ser um ano atípico para Primavera do Leste. Os primeiros dias do ano está sendo marcado pela violência, já foram 10 homicídios registrados, em todo o ano passado foram 16 crimes desta natureza. Ninguém até o momento foi preso, o que deixa a situação mais preocupante ainda.
O crime que ocorreu nesta segunda (02), chama a atenção, não só pela violência em si, mas pelo fato das vítimas não terem passagem pela polícia. “Dois trabalhadores”, como classifica a família e amigos, algo até então inesperado. Não que os outros mereciam morrer, nada disso. Mas a morte de trabalhadores choca mais e leva embora a sensação de segurança.
Em 2013, a cidade passou por uma situação semelhante, foram 40 homicídios, nesta época já tivemos três mortes no mesmo dia. Ou seja, não se trata de um problema novo e que o município não saiba enfrentar.
Em 2013, vimos as forças de segurança se unirem, havia operações todos os dias, vimos surgir o Gabinete de Gestão Integrada – GGI, e ações efetivas serem realizadas. Muitas autorias de crimes foram definidas e bastante gente foi presa. Não só autores de homicídios, mas também “donos” de boca de fumo.
Ou seja, sabemos a fórmula de combater este tipo de crime, por mais que seja um tipo de crime difícil de prever, mas repito já temos a fórmula.
O fato de ninguém ter sido preso, também chama atenção. No final de semana após uma discussão, um amigo matou o outro, depois de desferir contra ele golpes de faca. O autor do fato se apresentou, mas foi liberado. Isso mesmo, liberado. A culpa não é da polícia, mas sim da legislação, que não permite que o autor de fato não fique preso, mesmo confessando crime, caso este se apresente.
Agora me diga, isso aumenta ou não a certeza da impunidade? O medo? E banaliza ainda mais o crime?
Sabemos que a polícia está investigando, que busca incansavelmente encontrar os autores destes crimes e devolver a sociedade a sensação se segurança. Mas precisamos de mais união, de todos, em qualquer âmbito que esteja, seja no executivo, legislativo, judiciário ou social. Denúncias por parte da população também podem ajudar.
Se cada um fizer sua parte, com certeza podemos mudar o final desta história.
Afinal temos ou não temos a Fórmula?
