O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 tem 4.325.960 inscritos, dos quais 1,6 milhão é concluinte do ensino médio. Os dados são autodeclaratórios e os percentuais foram estimados com base no Censo Escolar 2023 (edição mais recente da pesquisa com os resultados finais publicados). As provas ocorrem no próximo final de semana, dia 03, e no dia 10 de novembro.
Com a proximidade do ENEM 2024, muitos estudantes estão em plena preparação para o exame que pode mudar o rumo de suas vidas. Por isso, o jornal O Diário conversou com um especialista em concursos e professor de cursinhos preparatórios Leonardo Kasakoff, que deu algumas dicas para os estudantes que devem fazer as provas.
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Leonardo Kasakoff é especialista em concurso e professor de cursinhos
O especialista divide o momento de preparação em três, sendo o pré-prova, durante a prova e pós-prova.
“O pré-aprovado importante agora, é controlar a ansiedade. Brincadeiras à parte, o que a gente costuma dizer é que quem fez, fez, quem não fez não faz mais. Nestes dias que antecedem a prova, é segurar a ansiedade para chegar no dia da prova tranquilo, e essa é situação mais difícil”, exemplificou o especialista.
Já o momento durante prova, a orientação se baseia em levar uma garrafa de água, escolher um local para sentar bem iluminado e fora da corrente de ar-condicionado, pensar em um lanche leve.
“Muitos não se atentam a isso, mas faz toda a diferença para um bom desempenho na prova”.
Já o pós-prova, envolve também as emoções. O especialista, destaca ser comum que o candidato se sinta deprimido e não volte para realizar o segundo dia de prova.
“É comum esse sentimento, e muitos alunos acabam nem indo para o segundo dia, mas faz parte do processo reconhecer tudo que foi feito durante o ano e que ´necessário comparecer ao segundo dia de prova, para alcançar a nota ideal”, orientou Leonardo.
Outra dica, refere-se a pesquisa de possíveis temas ou de simulados de outros anos da prova.
“Isso ajuda bastante, nestes últimos dias é importante fazer redações de anos anteriores e simulados, sempre buscando entender onde estão os erros. Isso pode ajudar na hora de obter uma boa nota”.
Saber gerenciar o tempo de prova também é importante durante o Enem. Neste caso a dica é começar sempre pela redação, e depois seguir respondendo às perguntas mais fáceis.
“Sempre é bom começar pela redação, é algo que exige mais tempo e não como chutar, como é caso do restante da prova que é objetiva. Outro macete, está em responder as questões fora da ordem cronológica, sempre começando pelas mais fáceis. Muitos alunos tentam seguir uma ordem cronológica, e isso não é o indicado”, ressaltou o especialista.
Não levar o celular também é uma dica, tendo em vista que o aparelho pode tocar na hora da prova, e isso pode levar o candidato a uma desclassificação.
O que fazer com a nota?
O especialista destacou ainda, que muito alunos depois que fazem a prova não sabem o que fazer com a nota.
“É importante que o candidato saiba que o Enem vai gerar 5 notas, e muita gente não sabe o que fazer com essa nota. Em janeiro é preciso se cadastrar no Sisu. Este é o último passo antes da aprovação em alguma universidade”, finalizou Leonardo.
Dados
Entre os inscritos, a maior parte é de participantes que já terminaram o ensino médio (1,8 milhão). Além disso, outras 841.546 (19,4%) inscrições são de estudantes do 1º ou 2º ano e 24.723 (0,6%), de pessoas que não cursam nem completaram o ensino médio, mas farão o Enem para testar seus conhecimentos (treineiros).
O estado com o maior número de inscrições é São Paulo, com 645.849, seguido de Minas Gerais (393.007) e Bahia (376.352). Esta edição do exame contará com 140 mil salas de prova, em cerca de 10 mil locais de aplicação, distribuídas em 1.753 municípios por todo o Brasil. O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aplicará o Enem 2024 nos dias 3 e 10 de novembro.
Perfil dos inscritos
Dos participantes do Enem 2024, 63,6% são isentos da taxa de inscrição e 36,4% a pagaram. A maior parte tem 16 anos de idade ou menos (35,6%), seguida pela faixa etária de 17 anos (21,7%) e pelo grupo que possui entre 21 e 30 anos (14,8%). Os participantes com 18 anos correspondem a 9,8%. As pessoas de 31 a 59 anos são 8,1%. Já quem tem 19 anos representa 5,7%. A faixa de 20 anos concentra 3,9% do total e os maiores de 60 anos, 0,2%.
As mulheres são maioria entre os inscritos – equivalem a 60,59%, enquanto os homens representam 39,41%. Com relação à declaração de raça e/ou cor dos candidatos, a maioria se reconhece na cor parda (1.860.766), seguida da branca (1.788.622) e preta (533.861). Outros 62.288 se consideram da cor amarela e 29.891 se declararam indígenas. Mais de 50 mil participantes não declararam raça ou cor.
