18 de Setembro de2024


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NOTÍCIAS Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 08:30 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 08h:30 - A | A

EFEITO QUEIMADAS

Incêndio no Ecoponto Tupã segue em monitoramento

Local está queimando há mais de uma semana

Jaqueline Hatamoto

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Primavera do Leste – Sema segue monitorando o Ecoponto Tupã, localizado no bairro Buritis V, o motivo seria o lixo acumulado no local que segue queimando há mais de uma semana. Além do monitoramento no local são mantidas máquinas, que tentam conter as chamas, utilizando terra. Essa seria a única forma de combater o incêndio em profundidade registrado no local.

“Nós entramos em contato com especialista neste tipo de incêndio e fomos orientados a utilizar terra, tendo em vista que as chamas se propagam por conta do oxigênio, por isso máquinas são mantidas no local, e seguem fazendo o que faor preciso para conter as chamas”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Higor Nascimento.

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As chamas no Ecoponto Tupã foram registradas mais uma vez no último domingo, 08 de setembro, porém o local já havia pegado fogo no dia 1º de setembro, quando desde então seguia em monitoramento pelo Corpo de Bombeiros e Sema. No primeiro incêndio, uma área de 115 hectares de vegetação nativa pegou fogo, as chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros.

Na ocasião a guarnição utilizou água da viatura na tentativa de conter o avanço do incêndio, porém sem êxito, pois a queima já ocorria em profundidade dificultando o resfriamento do material combustível.

“Como trata-se de um incêndio em profundidade e há muito lixo, o que faz a combustão acontecer a muitos metros de profundidade, os oficiais priorizaram por controlar as chamas da área de preservação permanente e de mata nativa. As demais áreas seguem em monitoramento”, explicou o subcomandante da 6ª Cia dos Bombeiros de Primavera do Leste, Leandro Cuiabano, quando o primeiro incêndio foi registrado.

Já no último dia 08 de setembro, mais uma vez o Corpo de Bombeiros esteve no local, e constatou que o fogo estava queimando uma área de 1000 metros quadrados de lixo e entulho compactado. Foram utilizados 60 mil litros de água, mas, mesmo assim, o local continuou queimando.

“Por se tratar de muitas camadas de entulho e lixo compactado, o incêndio se torna ‘fogo de profundidade’, ficando assim ainda acontecendo uma queima lenta dos resíduos, de 3 a 5 metros de profundidade aproximadamente, necessitando de um acompanhamento para monitoramento nos dias subsequentes”, diz parte da nota emitida pelo Corpo de Bombeiros da cidade.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, o local vem sendo monitorado desde o último grande incêndio registrado em 2022. Porém, não é possível afirmar de que forma o incêndio teria começado.

“A área segue em monitoramento desde o último grande incêndio registrado. Desde então estamos deixando um caminhão pipa e um trator esteira no local. Mas infelizmente, durante o final de semana, quando não havia ninguém da prefeitura no local, pegou fogo. Agora estamos apagando aos poucos, com a ajuda da Secretaria de Meio Ambiente”, explicou o secretário, que ainda destacou que o local é de difícil acesso, tendo em vista que trata-se de uma grande erosão, que vem sendo combatida com restos de material de construção e lixo, por isso o local se torna de difícil acesso.

“Não é qualquer caminhão que entra lá, por isso estamos fazendo o que podemos para conter essas chamas”, finalizou.

Enquanto o local segue em monitoramento e com ações constantes, os moradores da região, tem relatado desconforto para respirar, e incômodos ocasionados pela fumaça.

“Na primeira vez que pegou fogo, tive que sair de casa, acho até que a fumaça é tóxica. E quando pensei que iria melhorar, o fogo voltou. Aqui estamos com medo de perder o controle das chamas que seguem queimando e produzindo muita fumaça, e fogo chegar mais perto da gente”, disse Ana Paula Souza, ao relatar o incêndio via redes socais mantidas pelo Jornal O Diário.

 

Procedimento chegou a ser instaurado pelo MP em 2022

Batizado de Ecoponto Tupã, o espaço foi criado para receber somente Resíduos Construção Civil – RCC, mas a população passou a descartar no local todo tipo de lixo, muitas vezes contaminado por óleo queimado. Como há todo tipo de resíduo, o local atrai catadores de recicláveis que, em busca de fios de cobre e precisam utilizar fogo para separar o cobre dos fios. Isso teria sido a principal causa de incêndios registrado no local no ano de 2022.

A área ficou queimando por quase 15 dias, e muitas pessoas realizaram denúncias ao Ministério Público, que na época abriu um procedimento, e determinou a construção de uma guarita e o fechamento da área. O local chegou a ser cercado, e a guarita foi construída, porém, como não se trata de uma área pública, não há como manter uma fiscalização efetiva no local, que todos os dias recebe toneladas e toneladas de entulho.

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