Depois de quase quatro horas, os Policiais Penais do Centro de Ressocialização de Primavera do Leste, conseguiram controlar um princípio de motim, iniciado na tarde de terça-feira (8). O motim teria se iniciado quando agentes tentaram realizar a revista em um dos blocos, os reeducandos não teriam, em um primeiro momento, permitido a entrada nas celas. Não há registro de feridos.
“Era uma revista de rotina como sempre é feita. Quando foi para entrar o corredor 2, já disseram que não iam sair. Já vieram com os colchões, imediatamente fechamos as portas, e eles colocaram os colchões nas grades. Nós já deduzimos que estariam com materiais ilícitos. Depois de uma longa negociação, eles permitiram que as celas fossem revistadas”, ressaltou o diretor da unidade prisional Hugo Rodrigues de Souza.
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Microcelular foi apreendido dentro de uma cela
Nas celas, foram encontrados aparelhos celulares, entre eles um microaparelho, cachimbos, entorpecentes, bebida artesanal, facas artesanais (chuchos), e cordas artesanais, popularmente conhecidas como Tereza e anotações sobre o tráfico de drogas, configurando que dentro da unidade funcionava uma espécie de escritório.
“Essas cordas, foi a primeira vem que nós encontramos, eles fazem com o material que a famílias trazem para artesanato e usam sacolas também, na ponta eles colocam ganchos, o que demonstra que havia-se um plano qualquer”, explicou o diretor.
A unidade prisional se encontra superlotada, com capacidade para 144 reeducandos, atualmente tem 288 reeducandos cumprindo pena ou aguardando julgamento. No corredor onde ocorreu motim, há 120 reeducandos considerados de alta periculosidade.
“São presos que estão cumprindo pena ou aguardando julgamento por crimes como homicídio, tráfico e a maioria são faccionados”.
De acordo com o diretor, revistas como essas são comuns para garantir a segurança e combater crimes que possam ocorrer de dentro da unidade prisional. Todo o material apreendido será encaminhado para delegacia.
“Essa apreensão será levada para delegacia. Nós vamos lavrar um boletim de ocorrência e esse boletim será anexado na guia de cada preso, e justiça tomará as medidas cabíveis”, declarou o diretor da unidade prisional.
