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POLÍCIA Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2025, 09:55 - A | A

POLÍCIA

Prefeitura de Primavera do Leste abre P.A.D para apurar conduta de funcionário suspeito de peculato

As investigações, iniciadas no ano passado, revelaram que o servidor facilitou o furto reiterado de bens que estavam sob sua guarda

Jaqueline Hatamoto



A Prefeitura de Primavera do Leste, se pronunciou oficialmente sobre a deflagração da Operação Desmonte, deflagrada na semana passada e investiga um esquema criminoso de peculato envolvendo a subtração de peças e veículos custodiados no pátio municipal, localizado próximo ao aterro sanitário da cidade. A administração pública por meio de nota, esclareceu que tem colaborado com a polícia e que abrirá um Processo Administrativo Disciplinar – P.A.D, para apurar a conduta do funcionário público que foi detido durante a operação.

Em resposta aos questionamentos da TV Cidade Verde, a administração municipal esclareceu que, assim que tomou conhecimento dos fatos, imediatamente entrou em contato com os órgãos competentes para que fossem tomadas as providências legais necessárias.

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As investigações, iniciadas no ano passado, revelaram que o servidor facilitou o furto reiterado de bens que estavam sob sua guarda.

Inicialmente, o esquema envolvia a subtração de peças automotivas, como rodas, lanternas e motores. Depois, foi constatado que veículos inteiros, como uma Toyota Hilux, também foram furtados no local.

De acordo com as informações reunidas durante as diligências, os veículos eram retirados do pátio com o auxílio de caminhões guincho, que entravam vazios no local e saíam carregados, sendo escoltados por outro veículo conduzido pelo servidor público.

Além dos veículos inteiros, foram confirmados os furtos de peças de outros bens apreendidos, incluindo rodas de uma Toyota Hilux SW4 e partes de um Hyundai I30, gerando prejuízos tanto às vítimas quanto à administração pública.

As diligências da Derf reuniram informações, entre elas imagens aéreas, que comprovaram a dinâmica dos furtos ocorridos. Com base nas provas coletadas, a Polícia Civil representou pela decretação da prisão preventiva do servidor investigado e pela expedição de mandados de busca e apreensão em locais vinculados ao esquema, incluindo empresas de guincho que teriam realizado o transporte dos bens subtraídos.

“As investigações demostraram, que ele (funcionário), estava facilitando e participando ativamente dessa subtração. Os investigadores conseguiram identificar o Modus Operandi deste grupo. Que contratava junto a um outro terceiro caminhões guincho para ir até esse pátio buscar esses veículos. Inclusive esse próprio servidor, ele acompanhava esses caminhões com veículo próprio, veículo que está inclusive no CPF dele”, destacou o delegado responsável pelo caso Honório Neto.

Foram cumpridos um mandado de prisão e três de busca e apreensão. Durante o cumprimento, os policiais fizeram a prisão de um suspeito que estava com duas armas de fogo, sendo uma delas irregular.

“Ele foi trazido aqui para a delegacia pelo crime de posse irregular de arma de fogo, e um outro suspeito que adquiriu um desses veículos, estava no terreno do seu estabelecimento, que é um veículo que estava prendido aqui na delegacia e constava no sistema que estava no pátio. Do lixão. Por conta disso, ele está sendo autuado pelo crime de receptação qualificada, que é aquela receptação em que há uma pena maior para aquela pessoa que exerce algum tipo de comércio, então há uma reprovabilidade maior, então a pena é maior, ele vai ser autuado por esse crime e será colocado à disposição da justiça, uma vez que não é possível a concessão de fiança aqui na delegacia”, destacou o delegado, que ainda ressaltou que um documento seria enviado para prefeitura comunicando o objeto de ação da operação.

Procurada pela reportagem a prefeitura de Primavera do Leste, disse que será aberto um P.A.D, que visa apurar as responsabilidades e tomar as devidas ações corretivas. Ainda conforme a nota, será assegurado ao denunciado o direito ao contraditório e à ampla defesa, conforme prevê a legislação. Caso o responsável seja considerado culpado, ele poderá ser demitido da administração pública.

Ainda de acordo com a administração público, há um convênio, assinado entre a prefeitura e a polícia, onde foi cedido o espaço. Convênio esse, assinado na gestão passada e que já trabalha em busca de uma área mais segura e com as devidas medidas de segurança para a guarda dos bens apreendidos.

“A atual administração herdou a responsabilidade de administrar o convênio firmado anteriormente, onde os veículos apreendidos ficavam expostos, praticamente ao relento. Contudo, tratativas para disponibilizar uma área mais adequada, que contará com as devidas condições de segurança para a guarda dos veículos e bens apreendidos, já foram iniciadas”, diz parte da nota.

O caso segue em investigação, a fim de saber se há mais envolvidas na conduta criminosa.

 

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