03 de Novembro de2024


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NOTÍCIAS Quinta-feira, 11 de Janeiro de 2024, 14:47 - A | A

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SAÚDE PÚBLICA

Centro Leste, Parque Industrial e Jardim Riva, são os bairros com mais criadouros de Dengue

Em 11 meses, mais de 4 mil casos da doença foram confirmados em Primavera do Leste

Jaqueline Hatamoto

No período de 01 a 30 de novembro de 2023, as agentes de endemias visitaram mais de 20 mil imóveis em Primavera do Leste, e mais de 24 mil criadouros foram eliminados. Nos primeiros onze meses do ano, a cidade registrou 4.155 casos de dengue, 24 de zika e cinco de Chikungunya.

A maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, foram localizados em lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios, ferros velhos e entulhos de construção. E estavam nos bairros Centro Leste, Parque Industrial e Jardim Riva.

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Devido ao aumento nos casos a cidade de Primavera do Leste se encontra em estado de alerta. A prefeitura tem intensificado os esforços na prevenção da doença e mobilizado esforços para combater essas doenças. O número de casos é considerado o maior, desde 2007.

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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde – SES-MT, duas pessoas morreram em Primavera do Leste, em decorrência da dengue. A cidade continua classificada como risco alto para epidemia de dengue.

O número de casos pode aumentar consideravelmente, tendo em vista que entre janeiro e abril é o período de chuvas. Por isso a conscientização da comunidade é fundamental. Todos são incentivados a realizar inspeções regulares em suas propriedades e eliminar qualquer possível foco do mosquito. A prevenção é a chave para conter essas doenças.

A prefeitura tem também intensificado campanhas publicitárias a fim de ajudar na conscientização e ajudar a lembrar que a dengue, a zika e a chikungunya, podem ser extintas se a população manter os quintais e terrenos limpos. O combate ao Aedes aegypti é uma responsabilidade coletiva, e cada ação individual contribui significativamente para a proteção de todos contra essas enfermidades.

Outra orientação é que, ao suspeitar de dengue, busque atendimento médico imediato nas unidades de saúde mais próximas.

 

Vacina deve ser disponibilizadas aos estados em fevereiro

O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. A vacina, conhecida como Qdenga, não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante, Takeda, afirmou que tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses. Por isso, a vacinação será focada em público e regiões prioritárias. A incorporação do imunizante foi analisada de forma célere pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) e passou por todas as avaliações da comissão que recomendou a incorporação.

“O Ministério da Saúde avaliou a relação custo-benefício e a questão do acesso, já que em um país como o Brasil é preciso ter uma quantidade de vacinas adequada para o tamanho da nossa população. A partir do parecer favorável da Conitec, seremos o primeiro país a dar o acesso público a essa vacina, como um imunizante do SUS. E, até o início do ano, faremos a definição dos públicos alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, explicou a Ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Peças de desinformação estão repercutindo um falso bloqueio do governo brasileiro ao imunizante Qdenga. Em março do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia aprovado o uso da vacina contra a dengue no país.

A segurança e a eficácia da vacina foram comprovadas por meio de dados técnicos e científicos. O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses e a Qdenga, apresentou nos ensaios clínicos, ter eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose.

A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. Para avaliação de eficácia, imunogenicidade e segurança da vacina Qdenga, ao todo, 18 estudos clínicos (sete estudos de fase 3, seis estudos de fase 2 e cinco estudos de fase 1 com cerca de 27.000 participantes de regiões endêmicas e não endêmicas de dengue, cobrindo uma faixa etária de 1,5 a 60 anos, foram conduzidos.

Atualmente, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) desenvolve uma pesquisa sobre os impactos da vacina na cidade de Dourados (MS). Desde 2016, a UFMS acompanha testes com a vacina da dengue para avaliar a eficácia do imunizante.

O novo estudo, coordenado pelo professor e pesquisador Julio Croda, que é um dos especialistas colaboradores da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações do Ministério da Saúde, tem como expectativa vacinar 150 mil moradores entre 4 e 59 anos do município sul-matogrossense até agosto deste ano. Os resultados sobre a efetividade prática da iniciativa serão conhecidos ao longo dos próximos meses.

 

*Com informações - Gov.br

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